quarta-feira, 3 de abril de 2013

Como é possível?

Como somos cegos! Não aguento esta cegueira social, esta petrificação ocular, este nevoeiro.

Como é possível não ver o que está debaixo do nosso nariz? Viver na ignorância da facilidade.
Sim, da facilidade.

Começo a perceber que aqueles que mais têm não são de todo egoístas, nem mesmo "más" pessoas. São cegos. Não compreendem que existe uma realidade diferente deles tão próxima. Faz-me confusão, sim e muita! Não compreendo quando colegas meus, próximos, alegam que em Portugal ninguém passa fome, ninguém vive mal.Como é possível? Vivem bem no conforto dos seus lares, apesar do que é dito, afirmam e reafirmam, argumentam e contra-argumentam que não existe fome. Aliás, opinam que passar por uma situação de carência alimentar reduz-se à ausência total de alimentos. O facto de existirem instituições sociais que alimentam os mais necessitados elimina a própria pobreza existente, a fome. Estado Social = Ausência de Fome.
Não aguento esta sociedade distanciada. Quero fugir!
Que desprezo do bom senso...

 Desculpem este miserável texto, mas já estou farto....Adeus


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Início

Não espero ser lido. Apenas desabafo. Um desabafo humilde, um desabafo do mais simples dos seres.
Sou pequeno, mas a voz da verdade é a que provém dos humildes, dos menos doutos. A linguagem dos simples é a  mais altiva, a que mais alcança.
O resto? Simples floreios retóricos, embelezamentos viciosos e redundantes. Literatura? Não a odeio. Admiro-a! Mas já não serve. Precisamos do concreto, não da ilusão do abstracto. Precisamos de ver a realidade! A realidade...Tão escondida neste mundo! Não duvidem da minha paranóia. Antes não o fosse. Mas nasci neste mundo. Sinto-me assaltado diariamente pela falsidade do mundo, pelo paradoxo ideal. Estou embrenhado numa sociedade que julga ver, julga aceitar, julga compreender. Somos todos tolos. Uns neo-nazis convertidos, uns ocidentais narcisistas... Hum...talvez exagere. Sou apenas um céptico recorrente.
Não tenciono instigar ordem onde esta não existe. Peço perdão a mim mesmo por esse mesmo facto.
Sou um modesto contentor de ideias desordenadas pela confusão da vida.
Desta forma acabo o Início. Não tenho tempo. Adeus